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5 razões pelas quais não superamos um quase relacionamento

1. Não há um final

Nós seres humanos ansiamos por desfechos. Há um desejo inerente por eles – todas as histórias que nós nunca ouvimos inteiras, os filmes que nunca terminamos, os seriados de TV que nos deixam com mais perguntas do que respostas, então criamos teorias em blogs e nas redes sociais para desabafar sobre a nossa frustração. Nós precisamos de um fim, para poder arquivar as coisas dentro da nossa cabeça e seguir em frente. Mas quando você não consegue encerrar algo – quando alguém some da superfície da Terra ou quando surge alguma nova teoria nas mídias sociais – o que você faz?

É difícil criar o seu próprio final, atribuindo significado para todos os sinais que realmente não significaram nada. E pode parecer ridículo assim de primeira, como acreditar em mágica ou fadas, mas muitas vezes, é a única coisa que nós podemos fazer. Temos que encontrar sentido onde não existe nenhum. Temos que escrever nossos próprios finais e criar desfechos por nossa conta. É difícil, mas é possível. E você é capaz de ter um felizes para sempre mesmo que sem ele(a). Afinal, você merece isso.

2. Só porque vocês não deviam nada um ao outro não quer dizer que não existiam expectativas.

É um conjunto de coisas não ditas e subentendidas, todas às vezes que ele te chamou de linda e foi fofo perto dos amigos – mas então você se depara com o fato de que isso não levou a nada. Isso é o que nos leva a sentir tanta dificuldade para admitir que não, não namoramos, mas ainda assim existe uma certa necessidade de chamá-lo(a) de ex. Talvez não um ex-namorado ou ex-namorada, mas um ex-alguma coisa, um ex-talvez. Um quase ex.

Nenhum de nós gosta de pensar que terá que curar as feridas quando colocamos todas as fichas em um só número, apostamos em um só cavalo, decidimos pelo tudo ou nada (tanto faz a metáfora, na verdade), só para a outra parte quebrar e fugir com nosso coração antes de estar de fato em um relacionamento. Mas acontece e, apesar de não parecer ser justo conosco, existem grandes chances da outra pessoa nunca ter pedido pelos nossos corações. Nós o entregamos livremente. Às vezes, arriscamos e perdemos.

(E porque nós continuamos arriscando, afinal? Bom, eu acho que pela possibilidade de acreditar que talvez, dessa vez, seja a nossa vez de ganhar. Ou só seja um caso de cupido com burrice crônica mesmo.)

3. Você é deixado com apenas o seu lado da história.

O que você fez, o que você não fez, o que você poderia ter feito, o que existe de errado com você, o que existe de bom em você – você nunca recebe essas respostas, então você fica por aí especulando. E nós somos os nossos piores críticos, por isso acreditamos que tudo é nossa culpa. Esse pode ou pode não ser o caso. Você só é responsável pelas suas ações e não pela dos outros. Tentar racionalizar sobre o que você fez e sobre o que o outro fez, é um esforço inútil. Não é sua responsabilidade entender os outros – além do mais, eles não estão mais na sua vida. Muitas vezes você só precisa saber que tentou e que isso foi tudo que era esperado que você fizesse.

4. Seus amigos, muitas vezes, não tem a menor ideia do que está acontecendo.

Eles irão te perguntar onde está aquela pessoa quando vocês se falarem, se vocês tem se visto, o que aconteceu com vocês dois, se já oficializaram o namoro – a coisa toda. E por estarem tão acostumados com as entrelinhas e coisas implícitas irão acreditar que é só mais uma volta na montanha-russa que é a sua vida amorosa. Mas você terá que lidar com a dor todas as vezes que alguém perguntar sobre seu quase-amor, e embora não seja algo fácil de se admitir, você ficará mais forte e em breve, eles irão esquecer que essa quase-pessoa já existiu. (E os seus melhores amigos irão dizer que se ele(a) soubesse o que é bom, não teria ido embora. Melhores amigos acreditam que você merece o melhor dos relacionamentos. Porque você merece mesmo.)

5. É difícil conciliar o que foi e o que poderia ser.

Eu acho, do fundo do coração, que não importa o quão insensíveis, cínicos, amargos ou machucados nós digamos ser – nós somos otimistas. Nós gostamos de acreditar no amor e no felizes para sempre, e nós gostamos de pensar que alguém está lá fora esperando por nós. E é por essa razão que nos prendemos ao que poderia ser, e todos os futuros que nós pintamos nas nossas cabeças, mas nunca fomos corajosos o suficiente para admitir. É difícil conciliar o fato de que talvez, lá no fundo, o único caminho para nós conseguirmos o que queremos é ter “A Conversa”. E é nossa responsabilidade, sempre vai ser.

Quando se tem palavras carinhosas e momentos juntos, é bem fácil transformar o nada em tudo, mas a menos que você vá em frente e diga o que quer, não pode culpar se não te dão isso. Mas, se nós estamos debatendo sobre esses quase-relacionamentos juntos – e ultimamente parece que todo mundo tem um “quase” em sua história – nós podemos aprender juntos e ser mais corajosos, dizer o que queremos da próxima vez. Porque depois de tudo, somos otimistas. Nós temos que acreditar no amor para sobreviver. Sempre haverá uma próxima vez, se nós curarmos nossas feridas e encontrarmos dentro de nós a coragem para tentar novamente.

Tem conselhos para quem está passando por isso? Deixa um comentário, eu vou gostar e você pode ajudar alguém que está nessa situação agora, sempre bom saber que não é só você que passa por isso, né?


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Noka

Anna Paula, mais conhecida como Noka, brasiliense, leonina, mercadóloga, nerd de carteirinha, apaixonada por pandas, arqueologia, moda, filmes, livros e cultura no geral e jura que seu planeta de origem é Urano.

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